No domingo (15), quatro cidades de Mato Grosso do Sul receberão manifestações em solidariedade ao povo palestino. Em Campo Grande, o protesto será realizado às 9h, na Praça Ary Coelho, no centro da capital. Também estão previstos atos em Corumbá, Dourados e Três Lagoas, com locais ainda a serem divulgados pelos organizadores.
As manifestações fazem parte de uma mobilização nacional convocada pelo Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino, que definiu o dia 15 de junho como data simbólica para os atos em todo o Brasil. O objetivo é pressionar o governo federal a adotar medidas mais firmes contra os ataques de Israel à Faixa de Gaza, como a imposição de sanções econômicas e o rompimento de relações diplomáticas com o governo israelense.
“A data foi escolhida para a realização de manifestações em todo o país com o objetivo de pressionar o governo brasileiro a impor sanções e romper relações diplomáticas com a istração israelense. A medida seria uma resposta aos ataques contra civis na Faixa de Gaza, classificados como genocídio por organismos internacionais”, declarou o comitê nas redes sociais.
A tensão aumentou após o sequestro da Flotilha da Liberdade, embarcação com ajuda humanitária destinada à Faixa de Gaza, que foi interceptada por forças israelenses. Entre os 12 tripulantes estava o ativista brasileiro Thiago Ávila, que, segundo o Itamaraty, foi levado ao aeroporto de Tel Aviv na segunda-feira (9) e deveria retornar ao Brasil — mas segue incomunicável. A sueca Greta Thunberg também estava a bordo.
Desde o início da ofensiva israelense em Gaza, em outubro de 2023, estima-se que ao menos 50 mil civis palestinos foram mortos, segundo dados das Nações Unidas — a maioria mulheres e crianças. O relatório A/79/363 da ONU classificou as ações do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu como genocidas.
Internacionalmente, países como Reino Unido e Espanha adotaram sanções econômicas contra Israel, enquanto França e Canadá emitiram advertências. México, Chile, Colômbia e África do Sul formalizaram denúncias junto a órgãos internacionais.
O governo brasileiro tem se posicionado contra os ataques, mas, para os manifestantes, é necessário adotar posturas mais firmes. Entre as reivindicações estão o fim de acordos econômicos com Israel, a retirada da embaixada brasileira e o encerramento de representações consulares no país do Oriente Médio.