24.6 C
Campo Grande
sábado, 14 de junho, 2025
spot_img

Quatro cidades de MS terão atos em solidariedade ao povo palestino

No domingo (15), quatro cidades de Mato Grosso do Sul receberão manifestações em solidariedade ao povo palestino. Em Campo Grande, o protesto será realizado às 9h, na Praça Ary Coelho, no centro da capital. Também estão previstos atos em Corumbá, Dourados e Três Lagoas, com locais ainda a serem divulgados pelos organizadores.

As manifestações fazem parte de uma mobilização nacional convocada pelo Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino, que definiu o dia 15 de junho como data simbólica para os atos em todo o Brasil. O objetivo é pressionar o governo federal a adotar medidas mais firmes contra os ataques de Israel à Faixa de Gaza, como a imposição de sanções econômicas e o rompimento de relações diplomáticas com o governo israelense.

“A data foi escolhida para a realização de manifestações em todo o país com o objetivo de pressionar o governo brasileiro a impor sanções e romper relações diplomáticas com a istração israelense. A medida seria uma resposta aos ataques contra civis na Faixa de Gaza, classificados como genocídio por organismos internacionais”, declarou o comitê nas redes sociais.

A tensão aumentou após o sequestro da Flotilha da Liberdade, embarcação com ajuda humanitária destinada à Faixa de Gaza, que foi interceptada por forças israelenses. Entre os 12 tripulantes estava o ativista brasileiro Thiago Ávila, que, segundo o Itamaraty, foi levado ao aeroporto de Tel Aviv na segunda-feira (9) e deveria retornar ao Brasil — mas segue incomunicável. A sueca Greta Thunberg também estava a bordo.

Desde o início da ofensiva israelense em Gaza, em outubro de 2023, estima-se que ao menos 50 mil civis palestinos foram mortos, segundo dados das Nações Unidas — a maioria mulheres e crianças. O relatório A/79/363 da ONU classificou as ações do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu como genocidas.

Internacionalmente, países como Reino Unido e Espanha adotaram sanções econômicas contra Israel, enquanto França e Canadá emitiram advertências. México, Chile, Colômbia e África do Sul formalizaram denúncias junto a órgãos internacionais.

O governo brasileiro tem se posicionado contra os ataques, mas, para os manifestantes, é necessário adotar posturas mais firmes. Entre as reivindicações estão o fim de acordos econômicos com Israel, a retirada da embaixada brasileira e o encerramento de representações consulares no país do Oriente Médio.

Fale com a Redação